Por: Daniel Mistura Data: 2 de Outubro de 2023
Como as novas práticas de tratamento de água impactam um projeto hidráulico
Saúde e segurança | Comparação de materiais | CPVC FlowGuard | Normas CPVC
Engenheiros e especificadores são cada vez mais solicitados por proprietários e construtores a usar materiais específicos em seus projetos. Normalmente, essas solicitações são motivadas pela economia de custos que pode ser obtida com sistemas de encanamento montados a partir de alguns tipos de plástico. Alguns desses materiais, como o CPVC, podem oferecer excelente confiabilidade e desempenho, mas nem todos os plásticos são iguais.
Alguns plásticos podem introduzir riscos e impor limitações significativas em projetos de edifícios de vários andares, à medida que as preocupações com o transporte da água se tornam mais prevalentes, especialmente à medida que os municípios continuam a evoluir as suas práticas de tratamento de água. Aqui estão alguns dos fatores que os engenheiros precisam considerar ao projetar sistemas de tubulação de plástico.
Resistência ao Cloro e ASTM F2023
A ASTM F2023 é um padrão de teste projetado para extrapolar o tempo até a falha sob um conjunto específico de condições da água. A própria norma observa que
“O desempenho de um material ou produto de tubulação sob condições reais de instalação e uso depende de uma série de fatores, incluindo métodos de instalação, padrões de uso, qualidade da água, natureza e magnitude das tensões localizadas, e outras variáveis de um sistema de distribuição de água quente e fria em operação real que não são abordadas neste método de teste.”
Nos Estados unidos, a Nota Técnica 53 (TN-53) do Plastics Pipe Institute discute três condições além do escopo do teste ASTM F2023 que podem acelerar a degradação do cloro em alguns tipos de tubos , aumentando a probabilidade de falha prematura. Esses incluem:
- Pressões acima de 80 psi
- Temperaturas acima de 60°C (140°F)
- Água com Potencial de Redução Oxidativa (ORP) acima de 825 mV
O CPVC FlowGuard® não requer testes de resistência ao cloro, porque a composição química do material o torna imune à água clorada. Na verdade, se testado de acordo com ASTM F2023, um sistema de encanamento FlowGuard® teria uma vida extrapolada infinita porque nunca falharia devido à degradação oxidativa induzida pelo cloro.
Como o dióxido de cloro está mudando as condições da água
Fatores como pressão e temperatura são fatores primordiais para o design do projeto de tubulações, porém, essas limitações podem ser controladas pelos engenheiros hidráulicos. Não obstante, um terceiro fator já indicado pelo TN-53 e que não possui controle pelos cálculos é o potencial de redução acima de 825 mV.
Remontando à primeira publicação da ASTM F2023, presumia-se que valores de ORP superiores à 825 mV eram bastante raros de ocorrer. Porém com o advento das práticas dos tratamentos de água, mudanças significativas nas formas destes tratamentos para novas contaminações (bacterianas e virais) nas fontes de água, elevaram os valores de ORP para níveis muito maiores dos encontrados algumas décadas atrás.
Além das novas formas de tratamento, o comportamento da indústria que anteriormente era concentrado apenas nos desinfetantes a base de cloro, atualmente também tem levado em consideração os níveis do oxigênio dissolvido na água, íons metálicos e sais presentes na agua potável como potencial de aumento no ORP da água potável, este número cada vez mais elevado é o que torna a água passível de neutralizar contaminantes biológicos, sendo assim desejável do ponto de vista do tratamento de água.
Uma tendência emergente no tratamento de água é o uso de dióxido de cloro. De acordo com especialistas, o dióxido de cloro é mais eficaz do que a desinfecção com cloro e cloramina contra microrganismos, e produz menos subprodutos de desinfecção preocupantes. Esses benefícios podem tornar o dióxido de cloro uma ferramenta poderosa para profissionais de tratamento de água, mas seu uso crescente não é uma boa notícia para outros tubos plásticos, que não o CPVC.
Dado o dinamismo do ORP, é raro que os engenheiros hidráulicos tenham dados disponíveis durante o processo de projeto e, mesmo que tivessem, esses dados não seriam particularmente úteis. Além disso, mesmo que um engenheiro pudesse confirmar que o ORP de um determinado edifício estava consistentemente abaixo do limite de 825 mV, não há garantia de que a empresa responsável pelo tratamento da água não alteraria os seus processos no futuro.
Projetando de acordo com as limitações de temperatura e pressão
As condições de pressão e temperatura da água geralmente podem ser controladas por engenheiros hidráulicos para permanecer dentro das condições operacionais discutidas nas normas técnicas nacionais. Entretanto, isso pode exigir alguns compromissos dos quais os proprietários dos edifícios devem estar cientes.
Em alguns casos, garantir que as temperaturas da água não excedam 60°C (140°F) pode limitar a capacidade do proprietário de combater bactérias transmitidas pela água (como a legionela). Outros sistemas de encanamento também podem impedir os esforços para combater a contaminação bacteriana, pois a água quente pode danificar a estrutura do tubo.
O CPVC FlowGuard® pode suportar projetos como esses, pois é classificado para operar em temperatura limite de 82°C (180°F) a 100 psi, independentemente da química da água.
Gerenciar a classificação de pressão de um sistema plástico alternativo para não exceder 80 psi também pode limitar a flexibilidade do projeto, especialmente em edifícios mais altos. O uso de um sistema de alimentação por gravidade para distribuição deve ser evitado, pois as pressões nesses sistemas podem facilmente exceder 80 psi. Pressões acima deste valor somente podem ser utilizadas com uso e reguladores de pressão, porém, há sempre o risco de que estes dispositivos mecânicos possam falhar ao longo do tempo. As bombas de reforço também devem ser usadas com extremo cuidado em edifícios em que o CPVC não foi instalado para evitar exceder o limite de 80 psi.
Aumente a flexibilidade do projeto e a confiabilidade do sistema
Os proprietários de edifícios têm muito a considerar ao desenvolver um novo projeto e não podem ser especialistas em todos os sistemas de construção. Se solicitarem tubulações plásticas alternativas, certifique-se de que compreendem as limitações desse sistema e como mitigar os riscos associados. Ou proponha o uso do CPVC FlowGuard®, um sistema que oferece a economia de custos e a confiabilidade que eles procuram sem impor limitações relacionadas ao cloro em seu projeto.
A escolha do parceiro correto
Através da sua rede de fabricantes parceiros, o CPVC FlowGuard® é amplamente disponibilizado em todo o mercado brasileiro. No Brasil, a AMANCO WAVIN mantém o padrão de excelência que os clientes esperam dos pioneiros na tecnologia CPVC.
Todos os fabricantes parceiros ao redor do mundo são selecionados com base em seu histórico comprovado de confiabilidade. Para garantir a qualidade dos tubos e conexões FlowGuard®, cada um deles é contratualmente exigido para participar do nosso programa de garantia de qualidade. O programa assegura a produção consistente da qualidade não obstante quando, onde e por quem o CPVC é fabricado.
Essa escolha cuidadosa é importante para que o produto final tenha o desempenho testado e comprovado por normas internacionais.
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